É hora de reduzir os homicídios na América Latina

 

 

 

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Newsletter nº 3 – 2017

É hora de reduzir os homicídios na América Latina

Em toda a América Latina, a morte assombra os jovens. A cada 15 minutos, um jovem latino-americano é assassinado. Isso significa aproximadamente 400 mortes por dia, ou 140.000 por ano. Em alguns países, homicídio é a principal causa de morte para adolescentes do sexo masculino, ultrapassando ferimentos acidentais, câncer, suicídio e doenças. Mais de 75% dessas mortes são causadas por armas de fogo, um número muito acima da média mundial.

Apesar de uma redução significativa do nível de pobreza e de amplas melhorias em educação, saúde e habitação, a violência letal persiste. Para piorar a situação, a taxa de homicídios na América Latina é excessivamente alta num momento em que os assassinatos vêm diminuindo em praticamente todos os outros lugares do mundo. A taxa regional de homicídios gira em torno de 21 por 100.000 habitantes, e deve aumentar para 35 por 100.000 se as condições se mantiverem.

Em março, o Instituto Igarapé se juntou à revista The Economist para analisar a trajetória dos homicídios em cidades da América Latina. O estudo determinou que 43 das 50 cidades mais violentas do mundo estão localizadas na região. Embora o número já seja menor que no ano passado, continua sendo um fato alarmante. A matéria foi veiculada por veículos de mídia ao redor do mundo – incluindo Brasil, China, Colômbia, Equador, El Salvador, México, Rússia, África do Sul, Tailândia, Inglaterra, Estados Unidos e Vietnã. Ela dá andamento à nossa parceria com a The Economist iniciada em 2016.

O Instituto Igarapé também produziu uma série de artigos de opinião com a Folha de São Paulosobre a redução dos homicídios. Em março e abril, o Instituto publicou artigos contundentes com o LA Times,  USA Today, Foreign Affairs e Americas Quarterly (e aqui). Esses artigos ajudaram a criar uma discussão em toda a região sobre objetivos e indicadores para acompanhar a redução da violência letal.

O Instituto Igarapé também lançou uma campanha para reduzir os homicídios na América Latina em 50% nos próximos 10 anos, durante a Conferência Regional do Fórum Econômico Mundial, em abril. O lançamento foi considerado um dos principais destaques do FEM (semelhante ao ano passado). A campanha recebe o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA), do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da Fundação Open Society (OSF) e é realizada em parceria com 30 outras organizações não-governamentais da região.

O lançamento da campanha (chamada Instinto de Vida) gerou bastante discussão em toda a região. Derivou em diversas matérias no El Tiempo, El Espectador (aqui e aqui), World Economic Forum Agenda, América Economía, Spanish China, Xinhua Español, Devex, Panorama,El Día, Rimix Radio, La Voz e Diario Informe, entre outros.

Para mais informação sobre a campanha, acesse o site do Instinto de Vida –www.instintodevida.org. Adoraríamos contar com a sua participação! Siga também nosso perfil no Twitter e a página no Facebook. A coalizão Instinto de Vida irá realizar lançamentos nacionais no Brasil, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e Venezuela ao longo dos próximos dois meses.

O Igarapé em números – Março de 2017

  • O lançamento do livro de nossa diretora-executiva, Ilona Szabó com a colaboração da jornalista Isabel Clemente: “Drogas: as histórias que não te contaram” causou um enorme impacto na mídia e na opinião pública. Com o lançamento nos dias 27 e 29 de março, veículos como O Globo, Estadão, e Época reiteraram a necessidade de uma nova política contra drogas no Brasil. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, também se posicionou a favor da descriminalização das drogas no evento da Fundação Fernando Henrique Cardoso, apoiado pelo Igarapé. Juntando os dois eventos, mais de 600 pessoas estavam presentes nos debates; o lançamento de São Paulo também foi transmitido via streaming pela FAAP TV.
  • Em março, as pesquisas do Igarapé foram mencionadas 320 vezes na mídia internacional, incluindo um relatório sobre armas na revista Caros Amigos, um artigo sobre jovens infratores no sistema carcerário brasileiro no The Guardian, e numa visão panorâmica da crise de guerra dentro do sistema carcerário no Brasil, na Al Jazeera.
  • 25 artigos de opinião foram publicados por membros da equipe do Instituto Igarapé em março, que foram reproduzidos e traduzidos para diversos idiomas por veículos ao redor do mundo, incluindo um artigo de opinião sobre a epidemia de homicídios na América Latina na Foreign Affairs, assim como uma matéria sobre como reduzir a taxa de homicídios na América Latina, e sobre a questão dos imigrantes venezuelanos na America’s Quarterly.
  • O Instituto Igarapé lançou 3 novas publicações este mês, abordando temas comomigração, gênero e manutenção da paz/questões de segurança, e recomendações para orelatório do HIPPO.
  • Membros do Instituto Igarapé foram palestrantes e/ou participantes em 17 conferências e eventos públicos em março, incluindo o workshop para especialistas no Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Hacia Ciudades Más Seguras (Panamá), e no lançamento do relatório de 2016 da Comissão Global de Políticas sobre Drogas no Brasil.

A exportação de armas brasileiras em foco

O Instituto Igarapé deu continuidade às suas pesquisas sobre a presença de armas brasileiras em locais de conflito, em março. Junto ao Instituto Sou da Paz, o Instituto colocou em discussão os esforços diplomáticos para expandir as vendas brasileiras ao redor do mundo. Com base em dados obtidos através da Lei de Acesso à Informação, o Instituto ressaltou a maneira como embaixadas brasileiras estavam sendo convidadas a apoiar a indústria nacional de armas. Essas descobertas geraram 252 matérias ao redor do mundo – além de debate no Congresso Brasileiro. O Instituto Igarapé analisou o significado desses avanços e a história da exportação de armas brasileiras para zonas de conflito.

Em busca da igualdade de gênero

O Instituto Igarapé realizou um evento – “Desafios e Boas Práticas para Implementar a Agenda de Mulheres, Paz e Segurança” – nos dias 28 e 29 de março, em Brasília. O evento de dois dias recebeu o apoio da ONU Mulheres Brasil e das embaixadas do Canadá, Noruega e Reino Unido em Brasília. Juntoupesquisadores de várias instituições para discutir maneiras de implementar o recém-criado Plano Nacional de Ação (PNA) sobre Mulheres, Paz e Segurança, no Brasil. O Instituto Igarapé foi o único representante da sociedade civil envolvido na elaboração do texto lançado no dia 8 de março. Durante o evento, o Igarapé também lançou sua última publicação sobre o tema – Em Busca da Igualdade de Gênero.

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