Tecnologia a favor dos migrantes

Por Adriana Abdenur and Lycia Brasil

Publicado no Le Monde Diplomatique Brasil

Aplicativos desenvolvidos sem a colaboração dos próprios migrantes, que coletam dados individuais de usuários e/ou não garantem a segurança desses dados podem pôr em risco populações que são vulneráveis não apenas a ataques xenofóbicos, como a mudanças políticas. Os migrantes temem que seus nomes sejam usados contra eles caso haja uma mudança radical na política migratória do país de destino.

Migrantes, solicitantes de refúgio e deslocados internos raramente dispõem de canais confiáveis de informação e comunicação. Chegar em um novo destino pode ser frustrante, e a tecnologia pode oferecer alívio. Como afirmou um migrante venezuelano na fronteira do Brasil, “ter uma conexão de celular não é só útil pelas aplicações práticas, como acessar informações ou determinar nossa localização – também serve para reforçar nossa dignidade”.

Uma vez no destino, mesmo migrantes com alta qualificação podem ter dificuldade em se adaptar a instituições, leis e costumes diferentes dos seus países de origem. Isso ocorre principalmente em sociedades altamente burocratizadas que exigem a posse ou a atualização de uma série de documentos para acessar serviços. Migrantes também sofrem com barreiras linguísticas, que vão desde expressões cotidianas até terminologias jurídicas.

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